terça-feira, 13 de novembro de 2007

Vôo cego

Também sou um ser noturno
Não pela escuridão que a maioria vê
Mas pela transparência que os especiais enxergam
Pelo raio x que os sensíveis captam
Pelas ondas que os radares rebatem
Pelos odores que os caçadores inalam
Pelos sabores lentamente degustados.
Sou a noite sem descanso
Mesmo que a lua falte
Mesmo que as brumas saltem
Mesmo que meus gemidos me entreguem
Porque à noite sigo meu farol
Sem bússola, sem estrelas,
Dos olhos da minha amada.

Baco Dionísio, noturno por existência
13/09/07

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