sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Cheia

Assopro a fuligem do carbono
Restos de lápis no papiro
Como ventos de outono
Que insistem em resfriar
As cores quentes de novembro
Desenho um contorno, imagino,
Que silueta terá?
Alguém de quem conversar
Deixou de ser passatempo
Para tornar-se o melhor momento
De todo o dia a ganhar
Se o sorriso aparece
Quando da alegria escreve
Se o semblante entristece
Quando o cenário a aborrece
Se uma lágrima a trai
Quando a palavra
Uma lembrança lhe traz
Se rejuvenesce
Quando a frase toda
Boa mensagem lhe faz
Olho o horizonte
No amarelo da cheia Lua
Talvez logo a encontre
Andando na mesma rua.

Baco Dionísio, ótimo final de semana de Lua Cheia...
23/11/07

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