À noite...
Sob o sono dos distraídos
Bacantes passaram seus echarpes
Enxugando as esponjas velhas,
Carcomidas de tantas lembranças,
Chorosas de flash-back,
Mesmo já cumpridas suas molhanças;
E o Sol, ansioso,
Depois de tantos dias desgostoso,
Perdeu o sono e madrugou,
Ascendeu antes do cocoricô,
E por uns instantes flagrou
A eterna noiva Lua,
Tão pálida e seminua,
Vestida de sereia crua,
Já fechando suas cortinas pra rua,
Para um sono sem falcatruas,
Para a solidão fadada a minguar;
E o Sol,
Antes tão emburrado,
Brilhou de tão encantado
Mostrando a todos o seu despertar.
Baco Dionísio, feliz, sem saber direito o porquê, mas também pra que ia querer de saber...
Ótimo dia de Sol, ótima Lua de noite...
28/11/07
Rebeca da breca
Há 2 anos