Águas calmas machucam os pilares
Num som vazio de lembrança
Sentado na ponte viajo com meus olhares
Atravesso ondas de vingança
Naufrago em todos os mares
Sem afogar minha esperança;
Meus pés alcançam as águas
Sinto o piso do meu barco
Que ainda se arrasta cheio de mágoas
Que ainda se guia ao largo
Das eternas névoas;
As velas do meu tempo estão prontas
Estufam-se de vida a exigir a rota
Não há mais âncora a segurar
Nem há bússola para limitar
Apenas a vontade de cumprir minha cota
Aprendi a fazer os nós
Também sei desatá-los
Já posso navegar
Já quero atravessá-los
Nesta doce aventura no mar
Baco Dionísio,
12/11/07
terça-feira, 13 de novembro de 2007
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