segunda-feira, 3 de março de 2008

Por aí...

Coisas de fazer sem querer
Essas de se ausentar sem partir
De ficar longe a espiar
Expiando uma vontade doida
De quebrar a vidraça
Nesta tela de tungstênio
Cristal líquido ou plasmatrófico
Sair por aí distribuindo cacos
Como relíquias de um passado
Arqueologicamente fundamentado
Na dialética vã sem conteúdo
Sem direção na busca de algum sentido
Sem palavras na regência de um verbo inculto
Nos olhares de um vasto mundo
“Que me cabe neste latifúndio”
Vidas secas a regar de adubo
Novas rimas sem padrão e de subúrbio
Contas de armazém, fiado ou plástico fundo
Batendo as contas e acordando em um segundo
Nos livros vou reencontrando o velho mundo
Que meu braços deixaram de carregar há muito...

Baco Dionísio, acertando detalhes e entalhes, tudo de uma vez e cada qual na sua vez, livrando-se dos cascos e voltando seus olhos para o próprio jardim...
03/03/08

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