terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Pedra Filosofal

A busca de uma existência,
A fórmula da sobrevivência,
Vidas deixadas ao largo
Por tantas experiências;
Um gosto na boca do amargo,
Por não encontrar a essência,
De transformar um bastardo,
Na fina flor do trato e decência;
A matemática não meu deu parábolas,
A filosofia não me resolveu metáforas,
A história me cobriu de lendas,
E a ciência me cobrou suas prendas...
Mas na poesia, as palavras,
Vestidas de terno e gravata,
Ou despojadas de jeans e sandálias,
Transformaram todos os metais
No brilho mais dourado dos mortais,
E qualquer rocha basáltica
Na preciosa pedra exótica;
A minha filosofal encontrei,
Entre seixos, já na foz do meu rio,
Lisa das lambidas doces,
Esculpida dos salgados carinhos,
Sem expressões de dor,
Mas nos veios o seu caminho,
No seu jeito o meu destino,
Em rupreste relevo: amor!

Baco Dionísio, celebrando sentimentos, muito bons por sinal dos tempos...
04/12/07

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