sexta-feira, 16 de maio de 2008

À mesa

Na frente dos meus olhos
Teu olhar não desvia
Os perfumes gustativos
Acendem o braseiro
O alimento vira combustível
Teu cheiro me alimenta
Uma sede que a água não afugenta
Expressa-se em ebulição
Não queima, mas ardenta
Deixa as faces rubras
Deixa um gosto de pimenta
Nos teus lábios que abrem
E fecham instáveis
São uma tormenta
Teus cabelos a cobrir
Pela metade o rosto febril
Esconde e esquenta
Sabores de amor
Velas de desejos
Toques de carinho
Delícias carícias

Baco Dionísio, ótima noite, ótimo jantar...
03/04/08

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