quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Sob lençóis

Teu contorno é um horizonte
Que se move como dunas
A cada sopro
O lençol escorre
Enrruga em reentrâncias
Geme em demências
Insano em coerências
Sua em oferendas
Largadas em lagos de prazer;
Na rigidez do desejo
Os extremos pedem mais
O vento revira a superfície
Enxuga os poros
Com algodão egípcio
Para a vazante do Nilo
Na sua foz encharcar.

Baco Dionísio
16/09/2011

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