Teu contorno é um horizonte
Que se move como dunas
A cada sopro
O lençol escorre
Enrruga em reentrâncias
Geme em demências
Insano em coerências
Sua em oferendas
Largadas em lagos de prazer;
Na rigidez do desejo
Os extremos pedem mais
O vento revira a superfície
Enxuga os poros
Com algodão egípcio
Para a vazante do Nilo
Na sua foz encharcar.
Baco Dionísio
16/09/2011
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
sábado, 13 de agosto de 2011
Obliviun
Os passos vão caminhar,
As solas marcando o terreno,
No toque do assoalho,
Até o casal se encontrar
Sem o físico esbarrar;
Miram-se de baixo acima,
Até cruzarem o olhar:
Os olhos se fundem,
As pupilas se abraçam,
As mãos se entrelaçam
Num tango devagar;
Giram em pêndulo,
Corpos flexíveis esticados,
Equilibrados no ar;
Desviam seus rostos,
Fingindo não se notar,
Afastam-se desenrolando
Até os nós dos dedos
Não desamarrar...
E voltam num elástico
Sem mais espaço os separar;
É um só corpo
Rodopiando a marcha,
Sem desviar a face,
Com um sensual dançar;
Num suspiro sem respirar,
Como à beira do abismo
Sem poder voar,
Como um resgate
Sem poder salvar,
Como um beijo
Sem mais nada importar.
Baco Dionisio
10/07/2011
As solas marcando o terreno,
No toque do assoalho,
Até o casal se encontrar
Sem o físico esbarrar;
Miram-se de baixo acima,
Até cruzarem o olhar:
Os olhos se fundem,
As pupilas se abraçam,
As mãos se entrelaçam
Num tango devagar;
Giram em pêndulo,
Corpos flexíveis esticados,
Equilibrados no ar;
Desviam seus rostos,
Fingindo não se notar,
Afastam-se desenrolando
Até os nós dos dedos
Não desamarrar...
E voltam num elástico
Sem mais espaço os separar;
É um só corpo
Rodopiando a marcha,
Sem desviar a face,
Com um sensual dançar;
Num suspiro sem respirar,
Como à beira do abismo
Sem poder voar,
Como um resgate
Sem poder salvar,
Como um beijo
Sem mais nada importar.
Baco Dionisio
10/07/2011
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Prisma
O sopro do desejo
Silueta o cristal
Incandescente
O frio o transforma
Em taças de vento
A gemer sons de órgão
Que volta à erupção
Quando o tinto lhe preenche
Decanta a rubra cor
Exala o fino bouquet
Traz o gosto selvagem
Das florestas impenetráveis
Repletas de trilhas
Fogosas de festas
Vistas por arestas
Do vinho a escorrer
Pelas paredes do prazer
Baco Dionísio
22/06/2044
Silueta o cristal
Incandescente
O frio o transforma
Em taças de vento
A gemer sons de órgão
Que volta à erupção
Quando o tinto lhe preenche
Decanta a rubra cor
Exala o fino bouquet
Traz o gosto selvagem
Das florestas impenetráveis
Repletas de trilhas
Fogosas de festas
Vistas por arestas
Do vinho a escorrer
Pelas paredes do prazer
Baco Dionísio
22/06/2044
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