terça-feira, 1 de julho de 2008

No meio do ano

No dia primeiro
Deste eterno recomeço
Metade de um caminho
Do qual não sei se conheço
Viajo no destino
Galopo sem endereço
Atrás de nuvens manchadas
De flores sem espinhos
Crepúsculo do semestre
A festejar novos vinhos
Inverno que me deixa quente
Na tua fria forma de carinho
Neblina que sossega os vôos
E silencia o burburinho
Mas que desnuda sem dor
O Sol sem proteção
Do ozônio extinto
Respira-me ar gélido
Nas noites insanas
Sobrevivendo sozinho
Às decisões equivocadas
Aos apelos do instinto
Ainda há meio ano
Já foi metade do ano
Depende do humor desumano
Para eu questionar sem desatino
O que faço deste plano
Que não seja um equilíbrio
Saca-rolhas e cânticos profanos
Baco Dionísio
Grego na tragédia
Alegre como romano

Baco Dionísio, desejando ótima semana a todos
01/07/08

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