O horizonte não tem cor
Por esconder todas as matizes
Nesta colcha acinzentada
Do outono que o recobre
Na manta das temperaturas abafadas
Gritos sussurrados de enfastio
Barométrica pressão desacordada
Crayon gris raspado
Na tríplice lâmina
Respingos de calor e vela sem chama
Passeio de pincel sem diluir
Espátula cremosa
A cimentar um céu vazio
Texturas e relevos de algodão
Sujo da limpeza do rosto do verão
Encardido da fumaça absorvida
Úmida da chuva reprimida
Clara e escura como a desilusão
Baco Dionísio, procurando a aquarela para tirar o cinza da vista!
10/04/08
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário