Na cobertura isolante
Entre o frio e o calmante
Aconchego do próprio calor,
Novelo sem enredo,
Brincadeira de bichano
Tosquiando no enlevo
Sem enrosco, sem engano,
Folheando o tempo
Dedilhando encantos
Nas agulhas de um pano,
Nas agruras de um pranto;
Tecelão sem rendas
Tricotando seus danos,
Sem crochê de enfeite
Sem brioche de leite
No macramé de engodos
A nudez das ovelhas
A esquentar meus sonhos.
Baco Dionísio, ótimo feriado para todos, com frio, queijo e vinho...
18/04/08
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Valsa
Minha mão lhe desenha
Desdenha das regras
Deseja enlaçá-la
Sem dizer uma palavra
Nos sinais sem sons
A direita nas suas costas
A esquerda na sua direita
O corpo junto
Contrastes de contornos
Sem delinear
Sem passo linear
Cem passos a voar
Flutuando sob o som
De nossa própria imaginação
No rodopio pelo salão
Do piso de grama
Do perfume araucário
Spot de Lua
Pio de coruja
Violino a vibrar
Lenha a crepitar
Dois pra lá, dois...
Baco Dionísio, convidando a valsar...
15/04/08
Desdenha das regras
Deseja enlaçá-la
Sem dizer uma palavra
Nos sinais sem sons
A direita nas suas costas
A esquerda na sua direita
O corpo junto
Contrastes de contornos
Sem delinear
Sem passo linear
Cem passos a voar
Flutuando sob o som
De nossa própria imaginação
No rodopio pelo salão
Do piso de grama
Do perfume araucário
Spot de Lua
Pio de coruja
Violino a vibrar
Lenha a crepitar
Dois pra lá, dois...
Baco Dionísio, convidando a valsar...
15/04/08
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Chumaço
O horizonte não tem cor
Por esconder todas as matizes
Nesta colcha acinzentada
Do outono que o recobre
Na manta das temperaturas abafadas
Gritos sussurrados de enfastio
Barométrica pressão desacordada
Crayon gris raspado
Na tríplice lâmina
Respingos de calor e vela sem chama
Passeio de pincel sem diluir
Espátula cremosa
A cimentar um céu vazio
Texturas e relevos de algodão
Sujo da limpeza do rosto do verão
Encardido da fumaça absorvida
Úmida da chuva reprimida
Clara e escura como a desilusão
Baco Dionísio, procurando a aquarela para tirar o cinza da vista!
10/04/08
Por esconder todas as matizes
Nesta colcha acinzentada
Do outono que o recobre
Na manta das temperaturas abafadas
Gritos sussurrados de enfastio
Barométrica pressão desacordada
Crayon gris raspado
Na tríplice lâmina
Respingos de calor e vela sem chama
Passeio de pincel sem diluir
Espátula cremosa
A cimentar um céu vazio
Texturas e relevos de algodão
Sujo da limpeza do rosto do verão
Encardido da fumaça absorvida
Úmida da chuva reprimida
Clara e escura como a desilusão
Baco Dionísio, procurando a aquarela para tirar o cinza da vista!
10/04/08
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Tâmaras
São tão mulheres
Na cor bronzeada
Na fina casca
Delicada ao toque
Ao olhar uma carapaça...
Na boca, sem queixume,
É doce ao encontrar os dentes
Azeda enquanto brinca na língua
Ácida para um sabor básico
É fruta carnuda
Quando destila na boca
Seus venenos fêmeos
Sonhos efêmeros
Baco Dionísio, trocando uvas por tâmaras, damascos, figos ...
Na cor bronzeada
Na fina casca
Delicada ao toque
Ao olhar uma carapaça...
Na boca, sem queixume,
É doce ao encontrar os dentes
Azeda enquanto brinca na língua
Ácida para um sabor básico
É fruta carnuda
Quando destila na boca
Seus venenos fêmeos
Sonhos efêmeros
Baco Dionísio, trocando uvas por tâmaras, damascos, figos ...
Assinar:
Postagens (Atom)