sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Na passarela dos sonhos

A raça deixa suas gaiolas-residências, equilibradas nas ladeiras da história, e pisa o plano da planície, sob o manto das fantasias que encobrem o que sempre coberto está e deixam ao mundo seus pudores da liberdade de se expressar.
Corpos torneados de escaladas, muitos com latas d´água na cabeça, outros rápidos de fugir de perseguidores (sejam eles oficiais ou não), mas o ritual se sambar se aprende na ginga de desviar das balas perdidas que sempre têm endereço certo.
Espaços alugados para celebridades, pagam os paetês, as plumas de mato e os carros de boi disfarçados de alegorias, tangidos pela fama de aparecer via satélite em HD, tal a procura por câmeras do reallity show que já foi grito de guerra.
Saudades das marchinhas, da chuva de confete e serpentina e quando o lança-perfume era o maior delito que se podia rimar. Mas celebrem porque a quaresma sempre vem depois, com seus jejuns e a pílula do dia depois...

Baco Dionísio, fantasiado de abajur de taça, deseja um carnaval cheio de graça...
01/02/08

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